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  • Foto do escritorInstituto Telma Lobato

Sexualidade na Terceira Idade

Estamos na Semana de Comemoração da Saúde Sexual (dia 04/09) e do Dia do Sexo (dia 06/09). Hoje quero falar sobre o ser humano idoso que é sujeito de direito sobre o próprio corpo e sua sexualidade.


Falar sobre sexo na terceira idade é falar em tabu. Nesta fase da vida, onde as pessoas deveriam estar em plena paz, tanto a família quanto a sociedade resolvem que os idosos são seres incapazes (alguns até são), que carecem de ser educados e são tratados como crianças indefesas, inconscientes e sem libido daí, que a sexualidade se transforma em um bicho de sete cabeças e os idosos sexualmente ativos são taxados de velhos (as) tarados ou sem vergonha.


Tendo em vista de que o sexo hoje não é mais pensado, apenas, como forma reprodutiva, mas como fonte de prazer e realização em todas as idades, inclusive, na terceira idade, logo, viver a sexualidade na terceira idade deveria ser algo natural, mas, infelizmente, não é.


O preconceito vem da ideia de que o sexo está reservado as pessoas jovens, bonitas e em pleno vigor físico e tratam com preconceito os idosos, principalmente as mulheres mais velhas, as avós “que devem se dar ao respeito” sinalizando que ser sexualmente ativa é promíscuo e desrespeitoso, uma afronta a família.


Nesta fase da vida se preza muito mais pela qualidade afetiva do que pela quantidade de parceiros ou de investidas. A baixa hormonal é um dos fatores importantes para a baixa libido, fator que normalmente ocorre na velhice.


O direito ao prazer está intrínseco em todas as idades e cabe ao idoso escolher como ele quer viver. Ele pode escolher envelhecer e viver uma vida de conformismo, rejeição, submissão e negação de suas vontades ou, pode escolher viver de forma criativa e plena, buscando novos fazeres e vivencias, experienciando a vida, de maneira geral, inclusive o sexo, de forma plena e satisfatória.


Vale lembrar que devolver ao idoso a vitalidade do jovem, por meio químico, não é o mais importante, mas, proporcionar meios para que ele acesse melhor qualidade de vida, em todos os sentidos e que possa conhecer novas formas de satisfação. Mantando o compromisso com a prevenção e cuidados com a saúde a fim de evitar a contaminação por DSTs e AIDS, por isso, a franqueza no diálogo é tão importante. Vale mais a pena fornecer preservativo aos avós do que condená-los a uma vida de aprisionamento dos desejos.


Por Telma Lobato - Multiterapeuta, Sexóloga, Graduada em Serviço Social.




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